terça-feira, 8 de setembro de 2020

RESENHA CRÍTICA

A resenha crítica é um formato de trabalho que nos acompanha desde o ensino médio até os últimos graus da formação acadêmica.


A resenha crítica é um ótimo instrumento e pode ser usada por nós, tanto para leitura como para a escrita.

Muitas vezes, quando queremos ter uma visão geral de um livro antes de lê-lo completo (ou até mesmo para não precisar ler #semjulgamento), buscamos por resenhas na internet e elas são muito úteis!

Mas a resenha crítica pode ser também um método de avaliação, e quando é solicitada muitas dúvidas surgem.

Neste artigo você vai encontrar todas as suas respostas!

Mas Afinal, O Que É Uma Resenha Crítica?

A resenha crítica é um trabalho profundo, de característica analítica e interpretativa de um texto, livro completo ou mesmo um capítulo específico.

Ela é muito mais do que um mero resumo informativo, deve trazer ideias e referências complementares, além de, obviamente, a crítica.

Quem está resenhando deve ter a capacidade de relacionar o texto com outros autores, textos e ideias sobre o mesmo tema, de forma bem direta e sem rodeios, explorando o que foi lido e as críticas elencadas.

Para tanto, deve ter feito uma leitura atenta e profunda do texto antes de partir para a escrita.

O ideal é que você utilize um fichamento como suporte no processo de resenha

Diferença Entre Resumo, Resenha E Resenha Crítica

Outro ponto que merece atenção é que, se for solicitado uma resenha crítica, mesmo que você faça o melhor resumo possível, ou a melhor resenha simples, o seu trabalho estará incompleto!

Por isso vamos falar brevemente sobre as diferenças nos formatos, para que você erre na execução.

Resumo

Este é o modelo mais simples, que não tem muitos segredos.

Vai ser um texto objetivo, falando sobre o objeto em estudo, que possivelmente será um livro ou capítulos de algum livro.

Ao escrever um resumo você deve pensar em deixar claro para quem vai ler qual é o objetivo do livro ou texto que você está resumido, quais são os argumentos empregados, como o texto se divide e qual é a conclusão.

Um resumo simples permite o uso de tópicos e esquemas, já as resenhas não!

Para o resumo é possível estabelecer um limite mínimo ou máximo de páginas, mas não há uma regra clara em relação a isso, vai depender de quem solicitou.

Se você precisa aprender como fazer um resumo, pode consultar esse post em nosso blog. 

Resenha-resumo

Este formato de trabalho inclui um resumo curto, mas em formato de resenha, ou seja, um texto bem redigido, com introduçãodesenvolvimento e conclusão.

A resenha-resumo sintetiza os pontos mais relevantes do conteúdo em análise, que pode ser uma peça teatral, uma comemoração solene ou um acontecimento qualquer da realidade, além de um livro ou capítulo, um filme, enfim.

Pode ser entendido como um resumo informativo ou descritivo.

Neste modelo, quem vai resenhar não deve emitir julgamento de valor, crítica ou qualquer que seja a apreciação, diferente da resenha crítica!

Resenha crítica

A resenha crítica também abarca um breve resumo inicial, mas exige a postura do quem escreve.

Deve-se deixar clara a sua impressão e opinião (embasada, obviamente) sobre o tema e associá-lo com as perspectivas de outros autores de forma contextualizada.

Não adianta copiar e colar várias informações, opiniões e trechos, a resenha crítica deve ser articulada!

Como Fazer Uma Resenha Crítica

A resenha crítica, conforme já pontuamos, é um texto de natureza argumentativa.

Assim sendo, sua estrutura deve incorporar uma introdução, um desenvolvimento e uma conclusão.

Entretanto essa tríade (introdução/desenvolvimento/conclusão) não deverá ser demarcada de forma explícita, como é em um artigo científico, por exemplo.

A forma como as informações estarão dispostas torna perfeitamente possível identificar essas partes.

O número de páginas da sua resenha vai depender de qual será o destino dela.

Por exemplo, caso seja uma resenha crítica para avaliação de alguma disciplina, possivelmente quem leciona a disciplina vai estipular.

Já no caso de uma resenha para a submissão em algum periódico, o edital deverá prever um formato.

Ainda assim, em média uma resenha crítica costuma ter apenas 4 páginas.

Você também pode escrever a resenha crítica com coautoria, mas novamente isso dependerá de qual o destino dela.

Veja para que serve cada etapa de uma resenha crítica:

Introdução

Assim como em qualquer introdução de trabalho acadêmico, deve-se deixar claro qual é o objeto que está sendo analisado.

Também é importante contextualizar o assunto sobre o qual se fala, por exemplo, no caso de um livro, deve-se trazer dados como: nome do autor, título, editora, local e ano da publicação e número de páginas.

Você também pode argumentar sobre a relevância do assunto visando orientar a pessoa que vai ler seu trabalho.

Desenvolvimento

Ao desenvolver a resenha deve-se observar as ideias e argumentos principais trazidos na obra.

Pode ser feito um breve resumo mais objetivo para facilitar a organização das ideias centrais.

O desenvolvimento exige a capacidade de articular as ideias de quem escreveu o livro com as suas próprias.

Você não deve se preocupar em bajular ou atacar diretamente a autoria, mas sim em apresentar argumentos relacionados à outras obras sobre o mesmo tema.

Conclusão

O enfoque da conclusão deverá ser a sua opinião de forma mais direta.
Você pode focar em aspectos como:

  • Qualidade e originalidade da leitura;
  • Benefícios proporcionados mediante a leitura;
  • Qualidade da linguagem utilizada, ou as dificuldades encontradas;
  • Se a obra tem fácil acesso;
  • Pontos mais relevantes e/ou necessários;
  • Aspectos desnecessários e/ou irrelevantes.

No decorrer da escrita você vai descobrir qual estilo faz mais sentido para você e com qual você melhor se encaixa.

Tente se colocar no lugar de quem vai ler para saber investir a sua atenção nos pontos mais importantes.
Já que será um texto curto, é melhor que ele tenha informações suficientes e relevantes.

Exemplos De Resenhas Críticas

Separamos abaixo dois exemplos interessantes de resenha crítica. Um mais longo e outro mais curto.

Foram resenhas aprovadas em periódicos, por isso obedecem a um modelo padrão.
Cada periódico costuma ter o seu modelo.

Exemplo de Resenha crítica 1

Exemplo de Resenha crítica 2


RESENHA CRÍTICA. Disponível em: https://blog.mettzer.com/resenha-critica. Acesso em 08. set. 2020.

quinta-feira, 30 de julho de 2020

LITERATURA DE CORDEL

A literatura de cordel foi popularizada no Brasil por volta do século XVIII e também ficou conhecida como poesia popular, porque contava histórias com os folclores regionais de maneira simples, possibilitando que a população mais simples entendesse. 

Origem

Essas pequenas impressões de poemas rimados que eram apresentadas penduradas em cordas – ou cordéis, como é chamado em Portugal – chegaram ao Nordeste brasileiro junto com os colonizadores portugueses, dando origem à literatura de cordel como conhecemos hoje, famosa em Pernambuco, Ceará, Paraíba, Bahia e Rio Grande do Norte.


Texto do curtametragem "O Loisomem e o Coronel"

Que palavras podem se encaixar no texto para completá-lo?

Era uma vez um maldito

Avarento e ______________

Me refiro a Benedito

Um coronel ________________

O que ele mais gostava

Era as _________________ que criava

Todas de primeira linha

Com os olhos tudo comia

Em nenhum _______________ cabia

Todo o _________________ que ele tinha.


No interior da ________________

Vivia um ________________ pobre

Morando numa tapera

Não tinha terra, nem _______________

Ao invés de mulher bela

Possuía uma ________________

Para lhe acompanhar

E a fome como fadiga

Remoendo na ________________

Só para lhe incomodar


Dos bichos o mais ________________

Era a vaca ___________________

Que o coronel Benedito

lhe tratava com ternura

Cruzando os campos floridos

Esbanjando _________________

Acompanhe o texto original no curtametragem



LITERATRA DE CORDEL. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/literatura/literatura-cordel.htm. Acesso em 30. julho. 2020

quarta-feira, 29 de julho de 2020

PONTUAÇÃO



Pontuação é o conjunto de sinais gráficos destinados a indicar pausa mais ou menos acentuada de caráter objetivo, subjetivo ou distintivo.
Uma das funções mais importantes da pontuação é tornar as orações e os períodos mais fáceis de ler. Toda frase mais ou menos longa deve merecer leitura atenta e repetida, para que a pontuação seja usada de modo correto.
São estes os mais importantes sinais de pontuação: o ponto, a vírgula, o ponto-e-vírgula, os dois pontos, o ponto de interrogação, o ponto de exclamação, os parênteses, as reticências, as aspas e o travessão. Os quatro primeiros constituem a pontuação de pausa objetiva; os quatro seguintes formam a pontuação de pausa subjetiva, afetiva, e os dois últimos são sinais distintivos.

O PONTO: ( . )
É um dos sinais que marcam fim de período e o que assinala a pausa de máxima duração.
Quando marca fim de período escrito na mesma linha, chama-se ponto simples.
Quando marca fim de período escrito em linhas diferentes, chama-se ponto parágrafo.
Quando termina em enunciado ou escrito completo, chama-se ponto final.
Os principiantes em redação mostram a tendência de evitar o uso do ponto simples e do ponto parágrafo, quando podem. Preferem ajuntar num só período várias orações, ligando-as por conectivos (e, que, se, porque, etc.). O resultado é a confusão total de pensamentos.
Basta que a frase tenha verbo em qualquer tempo do modo indicativo para que o ponto simples já tenha razão para aparecer.
É aconselhável que cada assunto represente um período. Isso não significa que todos os períodos devam ser curtos, nem que toda frase deva ter só verbo. Às vezes um pensamento necessita de certos esclarecimentos, o que força a multiplicidade de orações.
Além de encerrar períodos, o ponto é usado aindaem quase todas as abreviaturas. Ex: Cia. (companhia), pág. (página), etc. Chama-se, neste caso, ponto abreviativo.
Se a palavra abreviada aparecer em final de período, este não receberá outro ponto; neste caso, o ponto de abreviatura marca também fim de período. Ex: Comprei maçãs, peras, abacates, melões, etc. (e não: "etc...")

A VÍRGULA (  ,  )

É o sinal de pontuação que indica pequena pausa na leitura, o que equivale a uma pequena ou grande mudança na entoação.

Vejamos como se lê um período em que não há vírgula nenhuma:

A vida no campo é sem dúvida nenhuma bem mais calma que a vida na cidade.

Esse período, que aí está, não indica que deve haver mudança na entoação, que é absolutamente linear.
Vejamos como se lê o mesmo período, agora com vírgulas:

A vida no campo é, sem dúvida nenhuma, bem mais saudável que a vida na cidade.

A entoação de leitura agora, já não é linear. Observe a significativa mudança de entoação ocorrida depois de lido o verbo é, conferindo ao termo entre vírgula certa importância na melodia.
Na dúvida, recomenda o bom-senso não usar vírgula, pois a omissão caracteriza pecado menor do que uma inserção indevida. Ademais, a falta de vírgula onde ela é necessária pode ser tomada por esquecimento; sua inserção indevida é tida por algo menos lisongeiro.

Usa-se vírgula principalmente nesses casos:

1) Para separar palavras ou expressões de mesma função sintática:
Ex: Minha casa tem quatro dormitórios, dois banheiros, três salas e bom quintal.
Ex: As flores murcham, os palácios caem, os impérios desintegram-se. Só as palavras permanecem.

2) Para separar os vocativos:
Ex: O tempo não é, meu amigo, aquilo que você pensou.

3) Para separar o aposto do termo fundamental:
Ex: Brasília, capital da República, foi fundada em 1960.

4) Para separar certas palavras e expressões interpositivas, por exemplo: porém, ou melhor, ou antes, isto é, por assim dizer, além disso, aliás, com efeito, então, outrossim, pois, assim, entretanto, todavia.
Ex: Elas gritavam. Eu, porém, nem me incomodava.

5) Para separar o adjunto adverbial, quando a ele se quiser dar ênfase.
Ex: Casaram-se às nove horas.
Ex: Hoje, acredito em Deus.

6) Para separar orações coordenadas assindéticas:
Ex: O tempo não para no porto, não apita na curva, não espera ninguém.

7) Antes de todas as conjunções coordenativas (exceto e e nem):
Ex: A beleza empolga a vista, mas o mérito conquista a alma.

8) Para separar orações iniciadas pela conjunção e, quando os sujeitos forem diferentes:
Ex: Tirai do mundo a mulher, e a ambição desaparecerá de todas as almas generosas.

9) Para separar termos ou orações que, deslocados, quebram uma sequência sintática:
Ex: Comunicamos que, a partir desta data, atenderemos em novo endereço.

10) Para isolar as orações adjetivas explicativas:
Ex: Brasília, que é a capital do Brasil, foi fundada em 1960.

11) Para separar termos deslocados de sua função posição normal na oração.
Ex; As laranjas, você chegou a comprar?

12) Para indicar a omissão de uma palavra (geralmente um verbo) ou de um grupo de palavras:
Ex: A mulher é a parte nervosa da humanidade; o homem, a parte muscular. (o homem é)



EXERCÍCIOS PONTUAÇÃO ENSINO MÉDIO

1. No texto abaixo foram omitidos os pontos (simples, parágrafo e final). Reescreva o texto e pontue-o, levando em consideração que ele deve apresentar dois parágrafos.


Cachorros gigantes

    Quem não se lembra do cãozinho do filme Beethoven na verdade, aquele lindo animal nada tinha de “zinho” ele era enorme embora seja uma ficção e tenha lá seus exageros, o que pouca gente sabe é que a raça São Bernardo realmente está na lista dos chamados “Cães Gigantes” um macho adulto pode chegar a pesar cerca de 90 quilos ele é dócil e muito usado como salva-vidas, mas é também um cão de guarda não se sabe ao certo qual seria a maior raça do mundo contudo, nas listas dos amantes de cachorros, estão mais nove outras raças, são elas: Bullmastiff, Cão dos Pirineus, Caucasian Ovcharka, Dogue Alemão, Dogue de Bordeaux, Giant Alaskan Malamute, Lébrel Irlandês, Leonberger, Mastiff Inglês (um cão desta raça está no Guiness, como o mais pesado do mundo com 155,4 quilos)
Disponível em: <http://petissimo.com.br>
2. Observe o texto abaixo:

sábado, 18 de julho de 2020

CONTOS TRADICIONAIS

Rapunzel 

Irmãos Grimm


Era uma vez um casal que há muito tempo desejava inutilmente ter um filho. Os anos se passavam, e seu sonho não se realizava. Afinal, um belo dia, a mulher percebeu que Deus ouvira suas preces. Ela ia ter uma criança! Por uma janelinha que havia na parte dos fundos da casa deles, era possível ver, no quintal vizinho, um magnífico jardim cheio das mais lindas flores e das mais viçosas hortaliças. Mas em torno de tudo se erguia um muro altíssimo, que ninguém se atrevia a escalar. Afinal, era a propriedade de uma feiticeira muito temida e poderosa. Um dia, espiando pela janelinha, a mulher se admirou ao ver um canteiro cheio dos mais belos pés de rabanete que jamais imaginara. As folhas eram tão verdes e fresquinhas que abriram seu apetite. E ela sentiu um enorme desejo de provar os rabanetes. A cada dia seu desejo aumentava mais. Mas ela sabia que não havia jeito de conseguir o que queria e por isso foi ficando triste, abatida e com um aspecto doentio, até que um dia o marido se assustou e perguntou:
- O que está acontecendo contigo, querida?
- Ah! - respondeu ela. - Se não comer um rabanete do jardim da feiticeira, vou morrer logo, logo!
O marido, que a amava muito, pensou: "Não posso deixar minha mulher morrer… Tenho que conseguir esses rabanetes, custe o que custar!"
Ao anoitecer, ele encostou uma escada no muro, pulou para o quintal vizinho, arrancou apressadamente um punhado de rabanetes e levou para a mulher. Mais que depressa, ela preparou uma salada que comeu imediatamente, deliciada. Ela achou o sabor da salada tão bom, mas tão bom, que no dia seguinte seu desejo de comer rabanetes ficou ainda mais forte. Para sossegá-la, o marido prometeu-lhe que iria buscar mais um pouco.
Quando a noite chegou, pulou novamente o muro mas, mal pisou no chão do outro lado, levou um tremendo susto: de pé, diante dele, estava a feiticeira.- Como se atreve a entrar no meu quintal como um ladrão, para roubar meus rabanetes? - perguntou ela com os olhos chispando de raiva. - Vai ver só o que te espera!
- Oh! Tenha piedade! - implorou o homem. - Só fiz isso porque fui obrigado! Minha mulher viu seus rabanetes pela nossa janela e sentiu tanta vontade de comê-los, mas tanta vontade, que na certa morrerá se eu não levar alguns!
A feiticeira se acalmou e disse:
- Se é assim como diz, deixo você levar quantos rabanetes quiser, mas com uma condição: irá me dar a criança que sua mulher vai ter. Cuidarei dela como se fosse sua própria mãe, e nada lhe faltará.
O homem estava tão apavorado, que concordou. Pouco tempo depois, o bebê nasceu. Era uma menina. A feiticeira surgiu no mesmo instante, deu à criança o nome de Rapunzel e levou-a embora.
Rapunzel cresceu e se tomou a mais linda criança sob o sol. Quando fez doze anos, a feiticeira trancou-a no alto de uma torre, no meio da floresta.
A torre não possuía nem escada, nem porta: apenas uma janelinha, no lugar mais alto. Quando a velha desejava entrar, ficava embaixo da janela e gritava:
- Rapunzel, Rapunzel! Joga abaixo tuas tranças!
Rapunzel tinha magníficos cabelos compridos, finos como fios de ouro. Quando ouvia o chamado da velha, abria a janela, desenrolava as tranças e jogava-as para fora. As tranças caíam vinte metros abaixo, e por elas a feiticeira subia.
Alguns anos depois, o filho do rei estava cavalgando pela floresta e passou perto da torre. Ouviu um canto tão bonito que parou, encantado.
Rapunzel, para espantar a solidão, cantava para si mesma com sua doce voz.
Imediatamente o príncipe quis subir, procurou uma porta por toda parte, mas não encontrou. Inconformado, voltou para casa. Mas o maravilhoso canto tocara seu coração de tal maneira que ele começou a ir para a floresta todos os dias, querendo ouvi-lo outra vez.
Em uma dessas vezes, o príncipe estava descansando atrás de uma árvore e viu a feiticeira aproximar-se da torre e gritar: "Rapunzel, Rapunzel! Joga abaixo tuas tranças!." E viu quando a feiticeira subiu pelas tranças.
"É essa a escada pela qual se sobe?," pensou o príncipe. "Pois eu vou tentar a sorte…."
No dia seguinte, quando escureceu, ele se aproximou da torre e, bem embaixo da janelinha, gritou:
- Rapunzel, Rapunzel! Joga abaixo tuas tranças!
As tranças caíram pela janela abaixo, e ele subiu.
Rapunzel ficou muito assustada ao vê-lo entrar, pois jamais tinha visto um homem.
Mas o príncipe falou-lhe com muita doçura e contou como seu coração ficara transtornado desde que a ouvira cantar, explicando que não teria sossego enquanto não a conhecesse.
Rapunzel foi se acalmando, e quando o príncipe lhe perguntou se o aceitava como marido, reparou que ele era jovem e belo, e pensou: "Ele é mil vezes preferível à velha senhora…." E, pondo a mão dela sobre a dele, respondeu:
- Sim! Eu quero ir com você! Mas não sei como descer… Sempre que vier me ver, traga uma meada de seda. Com ela vou trançar uma escada e, quando ficar pronta, eu desço, e você me leva no seu cavalo.
Combinaram que ele sempre viria ao cair da noite, porque a velha costumava vir durante o dia. Assim foi, e a feiticeira de nada desconfiava até que um dia Rapunzel, sem querer, perguntou a ela:
- Diga-me, senhora, como é que lhe custa tanto subir, enquanto o jovem filho do rei chega aqui num instantinho?
- Ah, menina ruim! - gritou a feiticeira. - Pensei que tinha isolado você do mundo, e você me engana!
Na sua fúria, agarrou Rapunzel pelo cabelos e esbofeteou-a. Depois, com a outra mão, pegou uma tesoura e tec, tec! cortou as belas tranças, largando-as no chão.
Não contente, a malvada levou a pobre menina para um deserto e abandonou-a ali, para que sofresse e passasse todo tipo de privação.
Na tarde do mesmo dia em que Rapunzel foi expulsa, a feiticeira prendeu as longas tranças num gancho da janela e ficou esperando. Quando o príncipe veio e chamou: "Rapunzel! Rapunzel! Joga abaixo tuas tranças!," ela deixou as tranças caírem para fora e ficou esperando.
Ao entrar, o pobre rapaz não encontrou sua querida Rapunzel, mas sim a terrível feiticeira. Com um olhar chamejante de ódio, ela gritou zombeteira:
- Ah, ah! Você veio buscar sua amada? Pois a linda avezinha não está mais no ninho, nem canta mais! O gato apanhou-a, levou-a, e agora vai arranhar os seus olhos! Nunca mais você verá Rapunzel! Ela está perdida para você!
Ao ouvir isso, o príncipe ficou fora de si e, em seu desespero, se atirou pela janela. O jovem não morreu, mas caiu sobre espinhos que furaram seus olhos e ele ficou cego.
Desesperado, ficou perambulando pela floresta, alimentando-se apenas de frutos e raízes, sem fazer outra coisa que se lamentar e chorar a perda da amada.
Passaram-se os anos. Um dia, por acaso, o príncipe chegou ao deserto no qual Rapunzel vivia, na maior tristeza, com seus filhos gêmeos, um menino e uma menina, que haviam nascido ali.
Ouvindo uma voz que lhe pareceu familiar, o príncipe caminhou na direção de Rapunzel. Assim que chegou perto, ela logo o reconheceu e se atirou em seus braços, a chorar.
Duas das lágrimas da moça caíram nos olhos dele e, no mesmo instante, o príncipe recuperou a visão e ficou enxergando tão bem quanto antes.
Então, levou Rapunzel e as crianças para seu reino, onde foram recebidos com grande alegria. Ali viveram felizes e contentes.

CONTO RAPUNZEL. Disponível em: https://www.grimmstories.com/pt/grimm_contos/rapunzel. Acesso em 18. junho. 2020



sexta-feira, 17 de julho de 2020

EXERCÍCIOS REGÊNCIA VERBAL ENSINO MÉDIO

1. Transcreva as frases, substituindo o termo em destaque por agradar (a, b,c) ou desagradar (d, e) procedendo às alterações necessárias:

a) Pais que mimam os filhos agem muito mal.
b) A música não satisfaz o público nem o governador.
c) O governador anterior não satisfez o público que o elegeu.
d) Seu comportamento não satisfez parentes e amigos.
e) Não satisfazer adversários faz parte do jogo político.

2. (Fuvest - SP) Identifique a alternativa correta:
a) Preferia brincar do que trabalhar.
b) Preferia mais brincar do que trabalhar.
c) Preferia brincar a trabalhar.
d) Preferia brincar à trabalhar.
e) Preferia mais brincar do que trabalhar.

3. (TTN) Marque a alternativa incorreta quanto a regência verbal:
a) Na verdade, não simpatizo com suas ideias inovadoras.
b) Para trabalhar, muitos preferem a empresa privada ao serviço público.
c) Lamentavelmente, não conheço a lei que te referes.
d) Existem muitos meios a que podemos recorrer neste caso.
e) Se todos chegam a mesma conclusão, devem estar certos.

4. (ITA) A ponte a alternativa correta:
a) Antes prefiro aspirar uma posição honesta que ficar aqui.
b) Prefiro aspirar uma posição honesta que ficar por aqui.
c) Prefiro aspirar à uma posição honesta que ficar por aqui.
d) Prefiro antes aspirar a uma posição honesta que ficar por aqui.
e) Prefiro aspirar a uma posição honesta a ficar por aqui.

5. (IBGE) Éramos _____ assistindo _____ jogo.
a) em seis - o
b) em seis - ao
c) seis - o
d) seis - a
e) seis - ao

6. (UFMT) Assinale a alternativa em que a regência do verbo implicar está incorreta:
a) Ele nos implicou mais ainda.
b) Fomos implicados naquela greve.
c) Ela sempre implicou comigo.
d) O estudo implica disposição e disciplina.
e) Seu talento implicou numa promoção.

7. (PUC-SP) Assinale a alternativa em que a regência verbal é incorreta:
a) É saudável aspirar o ar da manhã.
b) Concentrei-me, visei o alvo e errei.
c) Informe a ele que o trem já partiu!
d) Os torcedores assistiram um grande jogo de futebol.
e) Chegou cedo a casa e logo dormiu.

8. (UFMT) Assinale a única alternativa incorreta quanto a regência verbal:
a) Meu amigo perdoou ao irmão.
b) Perdoou o atraso no pagamento.
c) Moram na rua Conselheiro Pena.
d) Lembrou ao pai que já havia passado da hora.
e) Lembrou de todos os momentos felizes.

9. Mude a regência verbal, quando for necessário, para atender à norma culta:
a) Não agrade muito seus filhos. Isso só agrada os psicólogos.
b) O filme não agradou o público nem à crítica.
c) Nenhuma secretária consegue agradar esse empresário.
d) Ele é um cavalheiro: sabe agradar as mulheres; ela, no entanto, é o contrário: não sabe agradar os homens.
e) É certo que todo artigo antecede a um substantivo.
f) Aproveito a ocasião para cumprimentar a todos.
g) Que século antecedeu ao século XX?
h) Você acompanhou o período que antecedeu à revolução de 1964?

GABARITO



sábado, 4 de julho de 2020

EXECÍCIOS DE ESCRITA



Exercícios de escrita são um ótimo caminho para melhorar suas habilidades na produção textual. Um dos grandes benefícios de exercícios particulares é que você pode se sentir livre do medo ou perfeccionismo, já que ninguém precisa ver seus escritos.
Para tornar-se um escritor é importante às vezes escrever sem a expectativa de publicação. Não se preocupe se sair imperfeito, para isso que serve a prática. O que você escrever em qualquer um desses exercícios pode não ser o seu melhor trabalho, mas é uma boa prática para quando você precisar escrever melhor.
Abaixo, você vai encontrar alguns exercícios de escrita criativa, que têm como objetivo desenvolver não só suas técnicas ortográficas ou gramaticais, mas também sua capacidade de criação:
💓
  1. Escolha dez pessoas que você conhece e escreva uma frase descrevendo cada uma.
  2. Grave cinco minutos do rádio (ou de algo que você ouve). Escreva o diálogo e adicione descrições narrativas dos falantes e suas ações, como se estivesse montando uma cena.
  3. Escreva uma auto-biografia com cerca de 500 palavras.
  4. Escreva seu testamento. Liste todas as realizações de sua vida. Você pode escrever como se você fosse morrer hoje, ou daqui a 50 anos.
  5. Faça uma descrição de seu banheiro, em 300 palavras.
  6. Escreva uma entrevista fictícia com você mesmo, uma figura famosa, com um caráter também ficcional. Faça isso de uma forma apropriada (ou inapropriada), como se fosse para uma revista famosa, como a Veja, Época, Galileu etc.
  7. Pegue um jornal ou folheto de supermercado, olhe os artigos e escolha um que possa ser base para uma cena ou história que você queira escrever.
  8. Mantenha um diário de caráter fictício.
  9. Pegue uma parte de um livro e reescreva em um estilo diferente, como um romance gótico, de ficção ou ainda uma história de terror.
  10. Escolha um autor, que não necessariamente precise ser seu favorito, e escreva sobre o que você acha da forma como ele escreve. Faça isso sem consultas, primeiramente. Só depois de terminado, releia algumas de suas obras e veja se esqueceu algo e, se preciso, mude seu texto. Analise quais elementos do estilo dele você pode adicionar ao seu próprio e quais elementos você não pode (ou não quer) adicionar. Lembre que seu estilo é único e que você deve apenas pensar em adicionar elementos a ele. Nunca tente imitar alguém por mais de um ou dois exercícios.
  11. Pegue um texto que você tenha escrito em primeira pessoa e reescreva-o em terceira pessoa, ou vice-versa. Você também pode tentar fazê-lo mudando o tempo verbal, a narração, ou outros elementos estilísticos. Não faça isso com um livro inteiro, só com pequenos trechos. Depois de escrever um livro, nunca olhe para trás para tentar reestilizá-lo, senão você vai gastar todo seu tempo reescrevendo coisas, ao invés de escrever algo novo.
  12. Tente relembrar da sua mais tenra infância. Escreva tudo que puder lembrar. Reescreva como uma cena, usando sua perspectiva atual ou, se conseguir, usando a perspectiva da idade que você tinha.
  13. Relembre um antigo argumento que você usou com alguma pessoa. Escreva sobre o argumento do ponto de vista dessa pessoa. Lembre-se que a ideia é ver o argumento daquela perspectiva, não da sua própria. Este é um exercício que pode ser feito oralmente. Nunca julgue se você está certo ou errado.
  14. Escreva uma descrição, com no máximo 200 palavras, de algum lugar. Você pode usar quaisquer elementos sensoriais. Descreva como se sente, como são os sons, os cheiros e os sabores de lá. Tente fazer uma descrição de forma que as pessoas não percam os detalhes visuais.
  15. Sente em um restaurante ou uma área com bastante gente e escreva os diálogos que você ouve. Escute as pessoas ao seu redor, como elas falam e que palavras elas usam. Depois de fazer isso, pode praticar terminando seus diálogos. Escreva sua versão sobre como as conversas continuam.
💓 


1. TORTO
Este sensacional passatempo consiste em usar o diagrama de letras para formar sílabas e palavras. Você pode formá-las seguindo em todas as direções, sempre ligando as letras em sequência, sem pular. Anote as palavras que for encontrando.

L        A        O
G        E        R
E        N        E
T        S         D
I         A         O
M       L         H

2. Escreva um pequeno texto usando pelo menos 5 das palavras encontradas no torto. Seja criativo, quanto mais palavras usadas, melhor.



EXERCÍCIOS DE ESCRITA. Disponível em: http://www.tremdasgerais.com.br. Acesso em 04. junho. 2020